Este é um espaço do Batalhão de Caçadores 5010/74 que em Setembro de 1974 nasceu em Chaves, foi organizado em Viana do Castelo, actuou na zona de Maquela do Zombo e operou em Luanda até Outubro de 1975
Terça-feira, 18 de Julho de 2017
Os Encontros da 1.ª Companhia
Um profundo levantamento e análise histórica, da origem dos Militares do BC5010/74, da sua participação nos Encontros e dos locais de realização por Distrito; é essencial na tomada de decisão futura sobre os Locais de realização dos próximos Encontros.
Desse levantamento apresento a Visão Geográfica da 1.ª Companhia:

Em resultado do estudo da Distribuição Geográfica dos Militares da 1.ª Companhia e dos Encontros realizados foi elaborado o esquema apresentado de seguida que mostra a Localização e Evolução dos Encontros Realizados e a Realizar no Futuro.
Estudo de António Mourato (ex-alferes de infantaria da 1.ª companhia do BC5010/74) - Comandante da Companhia entre Setembro de 1974 e Dezembro de 1974.
De Fernando Sousa Ribeiro a 18 de Julho de 2017 às 16:44
Um estudo altamente científico! Quem fez estes gráficos ainda não se esqueceu completamente do que aprendeu na cadeira de Estatística no Técnico e mostra que sabe trabalhar com o Excel. Parabéns.
Comparando com a naturalidade dos militares metropolitanos da minha própria companhia, a C. Caç. 3535 do B. Caç. 3880, verifica-se que não há grandes diferenças entre a vossa e a minha. Na minha companhia havia mais naturais do distrito do Porto e menos do de Santarém. Quanto aos resto, era mais ou menos a mesma distribuição. Isto no que diz respeito aos metropolitanos, porque em relação aos angolanos, na minha companhia predominavam os naturais dos distritos do Huambo e do Bié, seguidos dos de Luanda e de Malanje.
Um abraço
De António Mourato a 20 de Julho de 2017 às 02:39
Camarada Fernando Ribeiro, por acaso não fiz a cadeira de estatística no Técnico. A via que segui foi os antigos cursos das Escolas Industriais incluindo as Secções Preparatórias num total de 7 anos, a que se seguiram 4 anos no antigo Instituto Industrial (com a Estatística incluída na Matemática) e só mais tarde fiz a Licenciatura no Técnico frequentando na prática essencialmente os últimos 2 anos. E depois uma passagem pela frequência de um Mestrado em Organização e Gestão de Sistemas de Informação (não concluído). O Excel foi efectivamente o suporte para o trabalho realizado. Excel que aprendi Escola da Vida Profissional.
Mas permite-me adiantar que a fonte essencial foram as cópias das Ordens de Serviço do Desembarque e Chegada da Companhia a Angola e também da Passagem à Disponibilidade dos Efectivos, no BC10 em Chaves. Elementos estes que foram objecto de tratamento, inserção e permanente actualização em Folhas Excel.
Está feita a 1.ª Companhia. Agora estou com vontade de fazer o mesmo para as outras Companhias do Batalhão 5010/74. NÃO HÁ EXPRESSA UMA COMPARAÇÃO ENTRE A DENSIDADE POPULACIONAL E A ORIGEM DOS MILITARES. Se existisse certamente a relação seria linear. Estávamos em 1973/74 E SE FOSSE HOJE COMO SERIA com a desertificação do Interior? Vila Real, Bragança, Viseu e Guarda teriam o mesmo peso?
De Fernando Sousa Ribeiro a 20 de Julho de 2017 às 17:59
Camarada António Mourato, não importa a via que seguiste para a tua licenciatura. Os engenheiros que tinham vindo do antigo Instituto Industrial não eram piores do que os outros, de maneira nenhuma. Tinham uma visão menos teórica e menos académica dos problemas, o que no caso da Engenharia até é uma vantagem.
Eu segui a via liceal e licenciei-me em Engenharia Electrotécnica (ramo Instrumentação Electrónica) na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP). Tive a cadeira de Probabilidades e Estatística no 2.º ano do curso. Era uma cadeira semestral e relativamente fácil, apesar de o docente da cadeira ser muito exigente. Já se reformou há muito tempo, é claro.
Eu não tenho material absolutamente nenhum sobre a história da minha unidade, nem nada que se pareça. Neste aspecto estou completamente em branco. Um antigo furriel da CCS apoderou-se de tudo o que dissesse respeito ao batalhão e às respectivas companhias e não cede nada a ninguém, nem para fotocopiar, para digitalizar ou para o que quer que seja. Há gajos assim, egoístas em extremo. Aquela papelada toda é dele, só dele e ninguém o convence de que ela possa interessar tanto ou mais aos outros do que a ele mesmo. FDP! Sendo assim, apenas me posso valer da minha memória. Se bem me recordo, os dedos da mão chegavam e sobravam para contar os militares da minha companhia que eram dos distritos da Guarda, Castelo Branco e Portalegre. Se fosse agora, aposto que não haveria nenhum!
No caso dos naturais de Angola, o grosso do pessoal recrutado da minha companhia era das regiões mais populosas e isentas de guerra. Do Leste, por exemplo, não havia nenhum militar na companhia. Do Norte também havia pouquíssimos, tirando um ou outro que era de São Salvador ou de Carmona. Do Sul, também havia poucos, pois o regime não recrutava soldados entre os mucubais, os cuanhamas e povos afins (cuamatos e mais não sei o quê). Estes povos tinham tradições guerreiras e podiam revoltar-se se os obrigassem a fazer a tropa. Já bastava a guerra que havia no Norte e no Leste de Angola; não interessava nada abrir uma nova frente no Sul, contra os mucubais, os cuanhamas e os outros...
Um abraço
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Nota de Abertura
Este blogue está aberto à contribuição de todos, e o enriquecimento do mesmo será feito com o contributo daqueles que estiveram nomeadamente nas e com as Companhias do BC5010/74. Sendo que a 1.ª Companhia após a desmobilização realizou o seu 1.º Encontro em 1998.
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